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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

COMO SER UM MANGAKÁ

Direto ao assunto:



Eu posso me tornar um mangaká no Japão ?


Pode, porque poder, todo mundo pode. Mas é um longo caminho. Pelo lado positivo (talvez, o único), é um mercado bastante aberto aos iniciantes, sempre em busca de novos talentos.
 Os maiores lados negativos são: você precisa falar japonês e ser muito, muito talentoso e igualmente esforçado, para se destacar em meio às centenas de japoneses que todos os anos tentam se tornar mangakás profissionais (muitos já com uma bagagem de anos e anos produzindo fanzines). 


E por onde eu posso começar ? 


Treinando muito! Seu roteiro, seu traço e seu conhecimento em japonês, pra começar. Então, você poderá concorrer a um dos tradicionais concursos para mangakás iniciantes, como o da Shonen Jump. Ou conseguir um encontro com um editor para mostrar seu trabalho, o chamado motikomi.






Como que eu consigo e o que acontece em um motikomi? 

Uma vez morando no Japão (ei, eu nunca disse que seria fácil!) você deve conseguir o contato de algum editor. Como encontrar novos talentos faz parte do trabalho deles, não é assim tão impossível quanto pode parecer. Marque um horário por telefone e compareça pontualmente, respeitando o fato de ele ou ela ser uma pessoa ocupada. Leve sua história, seu melhor mangá. e não portfólio ou roteiro. Ele vai querer conhecer toda a extensão do seu talento. Tenha cuidado com o material, mantendo limpo, sem dobras e bem cuidado, e sempre respeitando as dimensões do papel pedidas por cada editora. Seja gentil e ouça o que o editor vai lhe dizer. Não seja sensível demais com as críticas, e sim as utilize pra evoluir.Absolutamente ninguém é contratado em seu primeiro encontro com um editor, porque ele vai querer ver sua persistência e velocidade para tentar novamente.





Que habilidade eles vão esperar de mim ?

Fluência em japonês, antes de tudo. Um bom traço: não precisa ser perfeito, mas, ainda que iniciante, deve demonstrar potencial para evoluir. Capacidade de contar uma história coesa, com começo, meio e fim. Obediência às regras das editoras. Organização e limpeza. Uma vida que, ainda que não seja regrada, seja ao menos livres de vícios como drogas e álcool. 


Mas, espera. Quem é e o que faz exatamente um editor ?

Um editor é, basicamente, alguém que entende de mangá (ou literatura, ou de revistas...., existem editores de todos os tio) o suficiente para tomar decisões sobre o assunto. E é o que ele faz, toma as decisões (ou aprova ou desaprova as do artista) que considera corretas para o rumo da história, seja na arte, seja no roteiro, seja na forma de lidar com os personagens. Em um relacionamento ideal de artistas/editor, eles conversam até chegar a um acordo da melhor forma de se trabalhar certa história.


As vezes essa relação não dá certo, né ?

É. Alguns autores têm relacionamentos bastante conturbados com seus editores, especialmente os mais famosos. Os com menos relacionamento acabam  por abaixar a cabeça, não chegam muito longe. 


A influência do editor tolhe a liberdade criativa e costuma ser ruim ?

Não ! O editor está ali para mostrar caminhos mais comercialmente viáveis, caminhos que o artista deve percorrer para alcançar mais facilmente seu público. Sabe quando uma obra ou um artista era melhor antes de conseguir fama ? Talvez seja porque o editor teve de afrouxar as regras quando a fama deu liberdade ao artista, mas o artista não soube muito bem o que fazer com essa liberdade. Claro que também pode ser ao contrário: um artista pode fazer o que quiser com uma série menor; em um série de sucesso, talvez ele tenha de dar mais destaque a esse personagem, não possa matar aquele, tenha de ficar inventando arcos para esticar a história..., é uma via de mão dupla. 


Eu tenho essa história sobre ninjas que moram numa vila, usam roupas coloridas e...


Não ! Nem tente. originalidade é fundamental para um iniciante; se eles quisessem uma cópia barata de algo que já existe para publicar e vender com facilidade, saberiam onde procurar.




Dá pra ganhar dinheiro como mangaká ??


Dá. Mas custa muito, muito, muito trabalho duro. E não significa que mesmo alguém de muito sucesso sempre fique muito rico.

Um iniciante trabalha muito, mas quem te sucesso não, certo ?


Errado. Ser um mangaká é praticamente um trabalho em tempo integral. Além do trabalho em si, há a eterna busca por aprimoramento , porque um mangaká estagnado não consegue continuar tendo atenção sobre seus trabalhos.  Qualquer um que já tenha pensado na profissão deve ler muito sobre o assunto (e sobre qualquer coisa!) e prestar muita atenção nos free talks feitos por muitos autores nas paginas dos seus mangás. Observe a quantidade de narrativas de noites varadas trabalhando e até mesmo  de desmaios por exaustão ou por não ter tido tempo de comer. É um trabalho muito difícil, você tem de estar preparado ! 



quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

No Japão

Senhores passageiros, Bem-vindos ao tour pelas províncias do Japão!

Olá pessoal! Estou aqui novamente para apresentar a todos este super guia de províncias do Japão, especialmente para os aventureiros e mochileiros convictos. Mas recomendo também para aqueles que ainda sonham um dia viajar e conhecer estas belezas pessoalmente. Então, vamos começar??
Selecionei algumas províncias que tiveram seus nomes marcados na história do Japão, seja por suas construções antigas, ou por seus castelos, costumes ou até mesmo porque já viraram um fenômeno de Hollywood.



Kyoto, muito ouro, gueixas, templos e toda uma história dourada marcada pelas tradições:


considerada por mais de mil anos a capital do Japão, Kyoto era o principal centro do país, tanto nas decisões que eram tomadas, como na gastronomia, nas artes e também no artesanato. Por isso, Kyoto é vista até hoje como um importante polo cultural para o país. Kyoto é tão importante que 17 templos, entre eles o Kinkaku-ji (pavilhão dourado) e o Ginkaku-ji (feito em prata), que ela abriga são considerados Patrimônios Mundiais. Se você procura templos, culinária sofisticada e gueixas, precisa ir a Kyoto. Mas se você curte mais a tecnologia do que as tradições antigas, você também precisa ir a Kyoto, sabe por quê? Porque ela é considerada referência nas tecnologias de telas de cristais líquidos e semi condutores. Tudo isso está misturado em harmonia. São empresas milenares que fabricam tecidos e tingimentos, quimonos, papeis e cerâmica, além é claro das empresas com tecnologia de ponta; é o moderno e o milenar trabalhando juntos para transformar Kyoto num paraíso turístico.


Esta província em si é uma das minhas favoritas por causa da forte cultura tradicional que ela ainda mantém;é como se você ainda estivesse nos templos dos samurais e gueixas, governados pelos grandes xoguns. A cultura antiga está tão misturada com os tempos de hoje que ainda é possível admirar as gueixas passeando pelas ruas do bairro Gion com seus fabulosos quimonos caríssimos, frequentando restaurantes sofisticados e entretendo uma clientela exclusiva.

Mas não se preocupe se a grana estiver curta para ir num restaurante com gueixas, você pode ir ao Festival Miyako Odori, e degustar todas as artes que só uma gueixa pode realizar, tudo isso para celebrar com grande estilo a chegada da primavera.

Fora as gueixas, outra atração de grande estilo são os templos. Construídos em 1397 pelo xogum Yoshimitsu Ashikaga e sempre reconstruído depois de alguns incêndios, o templo dourado - sim é dourado porque é coberto TODO de ouro - é chamado de Kinkaku-ji e reflete seu brilho em meio a um lago, repleto de carpas. Recomendo visitá-lo à noite, pois as luzes iluminam todo o templo, deixando a água do grandioso lago quase que completamente dourada. Não posso deixar de mencionar que Kyoto possui um Museu Internacional de Mangá. Gostou? Aposto que sim! Para visitar este museu basta pagar uma pequena taxa de entrada, para ter direito a ver diversas exposições e ler muitos títulos de mangás, já que o museu está fazendo a tentativa de chegar a casa do 200,000 títulos disponíveis.



Iwate, o paraíso dos turistas, com direito á praia exótica, festival de neve, onsen e muito mais! :



esta província certamente é um paraíso aos turistas por vários fatores. Um deles é a sua paisagem formada por montanhas e bacias hidrográficas, uma verdadeira beleza natural, como o rio Kitakami. Outro fator que faz da Iwate um paraíso de turistas é o seu verão, onde todos podem desfrutar dos lagos, parques, onsens e resorts. Umas beleza á parte a ser visitada no verão é a exótica praia chamada Jodogahama, em Miyako, que possui diversas rochas ao redor do mar, proporcionando uma linda vista para os turistas que adoram uma praia. Mas se você não é chegado muito a praias, recomendo visitar alguns templos importantes como Ho'onji, que guarda uma relíquia muito peculiar que são os 500 Discípulos Budistas, todos feitos em madeira envernizada, um grande exemplo da arte japonesa. Outros templos que você precisa visitar são os Hiraizumi Chusonji e Motsuji, que são da época da  dourada família Fujiwara, que dominou Iwate a mais de 800 anos. Para os ligados em história, é no templo Hiraizumi Chusonji que se encontra o Salão Dourado, que consiguiu impressionar tanto o veneziono Marco Polo que o mesmo acabou contando sobre o local em seus Contos do Oriente.



Kagawa: aquaculturismo, viagem no tempo e Momotaro:

 para os comedores de frutos do mar, Kagawa é considerada uma peculiaridade no setor de pescas, já que possui inúmeros criadouros, que conseguem produzir milhares de toneladas de peixes, tudo diretamente para o consumo caseiro. Que coisa boa, não é ??    Para os que não gostam muito de frutos do mar, Kagawa também se destaca entre as províncias do Japão por possuir o único grupo feminino de Onna Bunkaru (teatro de bonecos). Mas se você que é de experimentar o gostinho de como seria viver no Japão antigo, você deve ir ao parque Ritsurin, em Takamatsu, construído ainda no século 17 pelo senhor feudal chamado Ikoma Takatoshi. Este parque possui diversos lagos, recheados de carpas coloridas, além é claro de diversos pontos para podermos cruzá-los e também uma casa de chá e um museu de arte.mas a província tornou-se muito conhecida mesmo foi pelo fato de ser o palco de uma lenda muito famosa no Japão de um garotinho chamado Momotaro. É em Megijima, conhecida como Onigashima, que a história tomou vida, devido a sua ilha de cavernas misteriosas que abrigavam os malfeitores que o jovem guerreiro precisava enfrentar.


Kagoshima: porquinhos deliciosos, sítio arqueológico, vulcão ativo, entre outras curiosidades: 




Kagoshima é um lugar com uma série de variedades interessantes para todos os tipos de gosto, começando pela gastronomia, pois ela é bem conhecida por suas criações de porcos da raça Berkshire, que dão um maravilhoso ensopado de costela de porco com pasta de missô. Além, é claro, da produção de batata doce e chá verde, tornando esta província, chamada de Kyushu, um verdadeiro paraíso de produtos típicos. Os turistas que visitaram Kagoshima poderão desfrutar também da maravilhosa vista do monte Sakurajima, que é considerado um símbolo da região, além de atrair muitos turistas devido aos seus dois ou três focos de fumaça, pois, como eu já havia comentado, o vulcão ainda permanece ativo na baía de Kagoshima, sem esquecer-se de uma descoberta fascinante na ilha de Tanegashima. Para quem  gosta de sítios arqueológicos e relíquias pré-históricas, precisa visitar este lugar, pois foi lá onde acharam um sítio arqueológico que data de 10 mil anos, contando com um galpão com diversos artefatos da Era Jomon (10mil a 300 a.C).

No Japão

Conheça um Japão inesquecível


Muitos só conhecem o Japão por causa de sua tecnologia e modernidade, mas não sabem que por detrás de tudo isso existe belezas naturais e tesouros nacionais que complementam a lista de patrimônio cultural da humanidade da ONU.



Templo Horyuji: Este templo, além de possuir 38 tesouros nacionais e 151 bens culturais importantes, é  considerado a estrutura de madeira mais antiga do mundo. Além de ter sido construído no ano 607 por um influente político Shotoku Taishi, o templo ainda possui edificações extremamente importantes ao redor, como o Yumedono (pavilhões dos sonhos), que é responsável por guardar uma estátua de Guze Kanon, que só é exibida nos meses da primavera e outono.



O legado de Kyoto: Outra cidade cheia de monumentos históricos importante é Kyoto, que há muitos anos chegou a ser considerada o centro político, cultural e religioso do Japão. O templo chamado Kiyomizu é considerado um dos cartões postais da província, assim como o Sekitei (jardim das pedras), localizado num templo chamado Ryoanji. Para quem quer desvendar os mistérios da antiga Kyoto, precisa visitar seus 13 templos, 3 santuários e , é claro, o castelo Nijo.



O poderoso castelo do Xogunato: Construído pelo general do xogunato chamado Toyotomi Hideyoshi, foi construído em 1346 e só finalizado no século XVII. Para quem quiser visitá-lo ainda é possível, pois o castelo de Himeji ainda está muito bem conservado, já que não sofreu nenhum bombardeiro durante a guerra ou muito menos alguma catástrofe natural. Uma das atrações do castelo são suas paredes de 32 metros de altura pintadas de branco, sobre uma base de 15m de pedra, isso durante ao dia, pois à noite atração está em passear pelas árvores de sakuras e ver o enorme castelo de Himeji todo iluminado.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

"Lolitas"

BONECAS? PRINCESAS?? 

NÃO !!!

SÃO AS LOLITAS





Garotas que fazem o lado mágico do japão !





Lolita...... esse nome corre louco pela internet, hoje em dia. Em diversos sites cada vez mais pessoas se deparam com garotas que usam vestidos de bonecas, laços gigantes na cabeça, acessórios de doces, mas ninguém sabe dizer ao certo o que é aquilo, algo tão surreal e ao mesmo tempo meigo e deslumbrante. Então por que não desmistificar essas pequenas princesas de contos de fadas? 


Era uma vez....






Nas ruas dos japão podemos nos deparar com diversas garotas, usando seus vestidos lindos, seus sapatos de boneca e ar angelical. Não, nenhum personagem de contos de fada fugiu do livro. Deixe-me explicar: tudo começou mais ou menos em 1980, quando um movimento de moda surgiu, no qual a ideia básica era se vestir com roupas e acessórios baseados no estilo rococó e da época Vitoriana, ou seja, usar vestidos graciosos, sapatos com rendas, pequenas cartolas, luvas e outros acessórios, incluindo aquelas calçolas para evitar mostrar o que havia embaixo da saia!




 Ai você me pergunta o que isso tem a ver com o nome "Lolita". Certeza ninguém tem, mas o motivo mais provável foi o nome Lolita veio de uma interpretação errada de um termo conhecido. Todos conhecemos aquele famosa livro, Lolita, do escritor Vladimi Nabovok, que inspirou a minissérie "Presença de Anita" aqui no Brasil. Enfim, depois desse livro. O termo ficou designado as jovens com apelo sexual.



                                                          




Só que as Lolitas japonesas não são NADA disso! O termo foi passando pelo mundo até cair no Japão, e lá foi utilizado para apelidar garotas fofas que se vestiam com roupas de bonecas. Isso é comum hoje em dia, assim como nós mesmos pegamos termos utilizados em outros países e modificamos o significado. Foi isso que aconteceu por lá. Em resumo, Lolita, no Japão, é uma moda sem nada sexual envolvido. Identificar uma Lolita é bem fácil. Todas seguem uma base para se vestir. Mas não é só colocar qualquer coisa que se tem no armário da avó e sair na rua. É algo trabalhoso e harmonioso.




Lista de ingredientes



Vamos começar do topo! 
Uma Lolita que se preze sempre tem algum acessório na cabeça, pode ser uma cartola, um laço ou um headdress (tipo de faixa de cabelo), mas nunca pode faltar essa peça importante no visual. Os cabelos podem ser lisos, encaracolados, longos, curtos, mas sempre bem cuidados e arrumados. A maquiagem deve ser algo mais leve, em minha opinião, não pode faltar blush! No corpo uma blusa com rendas trabalhada ou talvez simples com uma gola bonita. Para acompanhar a blusa? Umas saia ou um vestido com formato de sino, estilo aquelas saias rodadas de boneca, com tecidos bonitos e rendas que combinem. Para que a saia tenha esse formato, as Lolitas usam uma anágua, uma saia de um tecido mais leve que vai por baixo só pra deixar a saia principal cheia. Acompanhando as anáguas, temos o blommer, aquelas calçolas que parecem bermuda do tempo da vovó. Nas pernas, meias de algodão 3/4 ou até meia calça de fio grosso. E, por fim, nos pés um sapato estilo boneca. Misture tudo e você terá uma Lolita completa! Claro que as cores, modelos, acessórios e tudo mais podem variar do gosto de cada um, mas a base é essa.


Sub - estilos 

As lolitas estão entre a moda de rua japonesa com maior numero de sub-estilos, seguindo a mesma base, mas se diferenciando por detalhes importantes como cores, acessórios, temas, etc.
Classc, Punk, Hime, Sweet, Kuro, Shiro, são alguns deles, mas vamos nos limitar aqui aos mais conhecidos:


Classic Lolita - Se vestem de forma com que tenham mais elegância e classe. Os vestidos dão preferência a padrões florais e cores são mais puxadas para o rosa pêssego, creme e o preto.




Sweet Lolita - É uma Lolita doce" As cores são diversas, nenhuma é proibida, mas as favoritas são rosa, azul bebê e branco. As estampas mais comuns são as doces, brinquedos, ursinhos e padrões de bolinhas. A ideia é parecer um docinho! Esse é um dos sub-estilos mais comuns no Japão


Gothic Lolita - Primeiramente esqueça as góticas, afinal a ligação entre os dois estilos é quase nada. As Gothic Lolitas são como qualquer outra, porém aqui prevaleci o uso do preto e demais tons escuros. Os vestidos são mais sóbrios, mas não abrem mão das rendas . Apesar do nome "gothic", nada de maquiagem pesada, batons pretos e delineador escorrendo! Usa-se a mesma linha de produtos de beleza, com cores leves e suaves.




Punk Lolita - Pensou em um moicano?? Pois esqueça ! As Punk Lolitas se vestem no mesmo estilo das outra, porém se utilizam de tecidos padrões em xadrez, correntes, alfinetes, etc. O corte das saias não costuma seguir linhas muito corretas, o legal é usar algo mais desconstruído! A maquiagem pode ser um pouca mais pesada, mas nada de exagero.




Como disse, existem muitos outros estilos todos com características próprias, mas sem perder a doçura, que é a marca registrada dessas meninas. 







terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Naruto

Relâmpago na Garrafa


O que começou com uma one-shot em 1997, publicado na Akamaru Jump, passou a ser um dos maiores sucessos da poderosa Shonen Jump a partir da edição de março de 1999 e tem sua receita de êxito elementos para uma série arrasa-quarteirão da Jump, como "Saint Seiya" e "Dragon Ball", por exemplo. 

Confere aí: Personagens carismáticos? Confere
Boas doses de pancadaria? Confere
Humor ? Confere
Drama ? Confere
Aquelas mensagens de amizade e superação que são padrão no gênero shonen? Hum... Confere
Romance para agradar a parcela feminina? Bem, apesar de não ter um grande enfoque na trama, Confere.
Mas o que difere o secesso de "Naruto" do seus antecessores, ou mesmo das obras que vieram depois dele? Em duas palavras : Banda Larga.




Acredite nos seus sonhos... e numa boa conexão de internet




"Oficialmente", o mangá de "Naruto" completou 13 anos em 2012 somando 619 capítulos.... A versão animada por sua vez, somando duas fases, já passou da marca dos 350 episódios sem contar os especiais para o mercado de vídeo/DVD. O anime estreou no Japão em 2002, e obviamente a popularidade de Naruto, Sasuke, Sakura foi para as alturas por lá graças a ele. Ao mesmo tempo, o mundo tornava-se cada vez menor. A internet havia se expandido e popularizado desde a década de 90 e chegamos ao ano de 2000 com uma maior facilidade para troca de arquivos pela rede. Fãs de anime dos quatro cantos do globo, que demoravam anos para conhecer e assitir a essas produções, finalmente poderiam acompanhar as novidades fresquinhas da terra do sol nascente. E foi justamente um certo ninja de macacão laranja que eles encontram nessa busca. A série certa, com elementos certos, na hora certa. Entendem agora o lance do relâmpago na garrafa ?




     Conquistando o mundo via fansubber


"Naruto" deve toda sua popularização aqui no ocidente a estes fãs que se dispunham a traduzir, legendar e disponibilizar seus episódios para todos que quisessem (e pudessem) baixá-los. Um dos pioneiros nesse serviço foi o grupo americano Dattebayo que hospedou a série via Mirc. Eles não eram os únicos, obviamente, e diversos grupos se mobilizaram nesse trabalho abrindo caminho para outros animes. De fato, "Naruto" foi o caminho para tornar os animes mais atrativos para nós, ocidentais. Ok, certo, animes são exportados desde a época do "Astro Boy" mas através da internet e do nosso amigo ninja a cultura do anime alcançou um novo público e se expandiu para o nível que estamos hoje. É só pensar em quantas séries você conhece atualmente e quantas delas você conheceu através da rede mundial de computadores.




                           Início do fim.



Muitos fãs apontam o auge da popularidade da série entre 2004 e 2006, quando os capítulos estavam sendo traduzidos e legendados quase simultaneamente á exibição do anime no Japão. De fato, foi nessa época que pude conferir em primeira mão o aumento de cosplayers de bandana e shurikens nos eventos de animes (e aumentou ainda mais nos dias de hoje). Em 2005 os fãs comemoraram a notícia que o "Naruto" seria exibido pelos "meios oficiais"  nos Estados Unidos pelo Cartoon Network. Essa era a chance de atrair um público ainda maior para a série. Infelizmente as coisas não ocorreram como esperávamos. Com cortes absurdos e a tesoura de censura correndo solta nos episódios, muitos torceram o nariz para que o anime sem pensar duas vezes. E para nosso total desespero, adivinha que versão do anime que está sendo exibida na TV brasileira? É, pois é.




Seu pior inimigo são ... seus produtores.

Nos últimos anos a febre ninja deu uma bela esfriada. Essa perda de interesse se deve principalmente 
pelos fillers, os episódios produzidos para TV sem ligação com a história principal, quando o anime alcança o mangá. A paciência de todos os fãs foi testada ao longo de oito meses quando esses episódios foram ao ar com uma animação fraca e roteiros ruins. Mas a estreia de atual fase, a Shippuden, foi bastante para reconquistar seu antigo posto. Diversas séries já surgiram para ocupar o posto de "anime do momento", como"Katekyo Hitman Reborn" e "Soul Eater". Mesmo com todos os problemas o anime de "Naruto" segue sua produção e o mangá, como já foi mencionado, segue regularmente e para um destino certo: os eternos rivais, Naruto e Sasuke, numa batalha decisiva. E levando em consideração a habilidade de Kishimoto em criar ganchos interligando cada ação a diversos personagens, espero um final satisfatório. Não importa que batalhas esperam por Naruto. Ele sempre terá o mérito de ter aberto as portas da internet para os animes.

Como não estragar um Mangá no Cinema



Como (NÃO) estragar um Mangá no Cinema



Se você está lendo esse artigo, muito possivelmente já assistiu ao filme (cof,cof) Dragon Ball: Evolution no cinema, DVD, Sessão da Tarde ou Torrent mais próximo de você. Por isso, eu espero que você já tenha superado o trauma que foi essa experiência terrível.
Mas caso você ainda esteja abraçado as próprias pernas no chuveiro em pose fetal, melhor correr atrás de terapia pesada, pois Hollywood, mesmo com esse enorme fracasso de público e crítica, pretende investir em adaptações cinematográficas das animação e quadrinhos nipônicos. 
Temos uma extensa lista de projetos para candidatos para a telona como Bleach, Akira, Cowboy Bebop e até uns que não se tornaram mundialmente conhecidos como Full Metal Panic.! ( que está entrando no ranking ) Isso sem falar em Battle Angel Alita, ou Gumn, como preferirem, cuja boataria de um possível longa metragem é falada desde a época em que sua avó surfava. Já que não podemos evitar que essas produções ocorram, vou tentar, pelo menos, listar as três regras fundamentais que deveriam ser respeitadas pelos produtores, diretores, roteiristas e demais envolvidos na hora de se adaptar uma mídia para outra. Qualquer semelhança com Dragon Ball: é mera coincidência.


PERSONAGENS NÃO É APENAS UM ROSTO BONITO - Não adianta nada manter o nome "GOKU", o cabelo espetado e a roupa laranja, mas mudar todo o contexto da história. Todo personagem é muito mais do que isso, então caso tenha um filme de um garoto que treina artes marciais, é no mínimo esperado que não transformem em um colegial que vai pro forró bater coxa. Se for assim, muda logo os nomes que se torna outro filme.! 







REFERÊNCIA É BOM, MAS COM SIGNIFICADO - Sejamos francos, uma adaptação não completamente fiel a sua obra original. "Adaptação" significa exatamente isso. É sempre bom ter referências á obra original para os nerds se esbaldarem, mas elas têm um propósito ou uma explicação! Não adianta nada transforma o Goku em um gorila gigante se não explicar por que e como isso aconteceu. 


TENHA UMA HISTÓRIA PARA CONTAR - Ninguém aqui é ingênuo de achar que um filme de Hollywood não é produzido para gerar dinheiro. Esse é o motivo principal que inicia as "gravações" de um filme: encher o bolso de grana! Porém, isso também não significa que por causa disso tenham que produzir qualquer porcaria e azar do espectador! Para um bom roteiro é fundamental uma história que funcione tanto para quem já conhece a obra e para os marinheiros de primeira viajem. Não precisa ser complexa, mas que possua começo, meio e fim e amarre todas as pontas soltas geradas está excelente! Chega de roteiros tipo "vilão aparece, vilão mata parente do herói, herói jura vingança, herói luta com vilão, herói vence e fim."!  Mas caso não se cumpra nada disso, basta colocar umas mulheres de biquíni rebolando que o filme será um sucesso! ¬¬




"K-On!"

Sem a Música 
A vida escolar seria um erro!







Um clube de música que luta contra o fechamento. Uma atrapalhada estudante que não sabe nem segurar uma guitarra.Chás de tarde e cosplays. Eis os ingredientes para o sucesso! Apenas não diga: "Você é preguiçosa!"


Desde que vi as primeiras imagens de "K-on", imediatamente pensei que se tratava de outro anime fanservice, cheio de menininhas com pouca roupa que iriam se apaixonar por algum garoto zero a esquerda que inexplicavelmente é um imã de mulher.




Bem, errei feio sobre o protagonista banana, mas acertei sobre o fanservice. Também errei outro detalhes: "K-on!" é uma ótima série.
Ela não vai mudar a história da animação nem tem uma trama que me obrigaria a assistir cada episódio cinco vezes para realmente entender o que motiva os personagens e pescar todas as referências filosóficas  que cercam a vida e seus mistérios. Aqui a coisa é bem simples: Yui, uma colegial desligada e preguiçosa, entra pera o clube de música a pedido dos demais membros que precisam de mais pessoas para evitar fim do grupo. Yui não entende nada de música, mas o apoio das outras garotas e prática faz com que ela se torne um prodígio na guitarra. E fim. 



Viu? Nada de conspirações ou viagens metalinguísticas, apenas uma típica história do dia a dia escolar e de superação.
O que chama atenção aqui é o clima leve e colorido, a animação das garotas, que mesmo com todas, que mesmo com todas as dificuldades para manter o clube e formarem sua banda, não perdem o pique. O entusiasmo delas é o combustível que faz tudo dar certo ao final de cada episódio.
Nenhuma das personagens é um polo de criatividade, mas são simplesmente adoráveis com defeitos e pelos seus estereótipos: a garota medrosa, a desastrada, a agitada e moleca, e por ai vai.




Não somos Preguiçosas. Somos Loucas !

Tema recorrente em diversos animes, a vida escolar dos japoneses não é bolinho! Como se não bastassem as aulas em período integral de segunda a sábado, de quebra os alunos ainda encaram a limpeza e manutenção das salas e atividades dos clubes formados e mantidos pelos próprios estudantes e supervisionados dos professores.Cada clube é concentrado numa atividade e eles visam a uma maior integração entre os alunos.Existem clubes voltados para esportes, mangás, culinária, música e mais uma enorme variedade de temas. 




Yui Hirasawa acaba de entrar no colegial e é aconselhada por sua melhor amiga, Nodoka Manabe, a se inscrever em alguns dos muitos clubes do colégio Sakuragaoka, onde estudam.preguiçosa por natureza, Yui nunca teve qualquer interesse pelos clubes e qualquer atividade em especial e por engano acaba fazendo inscrição para o clube de música leve. O clube é formado pela energética Ritsu Tainaka, auto-proclama presidente e baterista do grupo que sonha em formar sua própria banda e tocas no Nippon Budokan, famosa arena de shows nipônica, e obriga a tímida baixista Mio Akiyama a participar (depois de um tempo ela assuma o vocal) A terceira integrante do clube é Tsugumi Kotobuki, simpática e meiga garota que entra para o grupo como tecladista, apenas pela diversão e pela companhia de Ritsu.


Infelizmente para que o clube continue a suas atividades elas precisam recrutar um quarto membro, e quando Yui tenta desistir de sua inscrição as garotas usam todos os artifícios para torná-la parte do grupo. Mas sem conhecer nada sobre instrumentos musicais ou mesmo saber ler as partituras Yui terá um caminho árduo a sua frente.


       A musica é o remédio das Aulas trites.

Felizmente Yui recebe o apoio de suas amigas em seu aprendizado de guitarra. Longe de serem treinadoras tirânicas, as reuniões do clube de música são super descontraídas com muito chá, doces e cosplay! Quem sempre dá mal nisso é Mio, que pela mania Yui e Ritsu de imaginá-la com roupas de Lolita ou Maid (empregada vitoriana)ganha uma legião de fãs pela escola. Quem coloca esse povo na linha é a professora Sawako Wamanaka, que mantêm uma fachada de profissional responsáveis e comportada, mas no passado faz parte de uma banda de heavy metal só de garotas e guarda uma personalidade selvagem e bagunceira. 


Aos poucos Yui vai se aperfeiçoando e descobrindo sua optidão para a música e o grupo vai ganhando cada vez mais confiança. Posteriormente uma nova integrante chega ao clube: a pequena Azusa Nakano. Vinda de uma família de musicistas, ela se intitula apenas uma iniciante, mas suas técnicas na guitarra surpreendem as garotas que rapidamente a adotam como novo alvo de fetiches e brincadeiras a apelidando de Azu-chan. A série tem uma simpática mensagem sobre como podemos descobrir a nossa verdadeira vocação com um pouco de esforço e claro, amizade.